Imagina precisar de uma transfusão de sangue com urgência, mas não ter tempo hábil para chegar a um hospital? Uma nova tecnologia desenvolvida por um brasileiro pode ser a solução para essa situação. É o sangue artificial. O projeto inovador chamou a atenção até do Departamento de Defesa dos Estados Unidos, que fez um aporte de US$ 13 milhões (o equivalente a quase R$ 70 milhões) para a fase de pesquisa clínica.
A responsável pelo sangue artificial é a startup de biotecnologia Virtech, fundada pelo brasileiro Luis Claudio de Souza, em Boston. O produto, batizado de Oxybridge, tem como base hemoglobina com oxigênio.
O sangue artificial gerou o interesse do Pentágono, pois o choque hemorrágico é um dos principais problemas que afeta militares em combate. A hemorragia costuma ser a principal causa de morte, uma vez que é comum não haver tempo suficiente para uma transfusão nos combatentes feridos.
O Pentágono já alocou US$ 4 milhões nos últimos dois anos e aplicará o restante no decorrer do projeto.
A aplicação nos casos de choque hemorrágico requer ainda alguns anos de pesquisa clínica em humanos. Esse trabalho deve ser feito na Argentina, em hospitais credenciados pela FDA (Food and Drug Administration), agência federal de Saúde dos Estados Unidos.
Transplantes
A nova tecnologia também será aplicada em civis vítimas de acidentes e para transplantes. Segundo pesquisas, o sangue artificial permitiria que órgãos doados tenham uma sobrevida maior fora do corpo, antes de serem transplantados, podendo até dobrar esse tempo, evitando que muitos órgãos sejam perdidos. A expectativa é que a solução usada para transplantes esteja no mercado já entre 2023 e 2024.
Outros estudos
Em 2019, a revista médica Transfusion publicou o estudo de cientistas japoneses responsáveis por desenvolver sangue artificial que poderá, no futuro, ser utilizado durante transfusões. A solução foi apresentada como possível solução para as baixas reservas de doações nos hemocentros.
O foco do estudo japonês foi a hemoglobina, proteína cuja principal função é o transporte de oxigênio no interior dos glóbulos vermelhos. Para substituí-la, a equipe desenvolveu “vesículas de hemoglobina” com um diâmetro de apenas 250 nanômetros que podem servir como transportador de oxigênio.
A pesquisa poderia ajudar a encontrar o tão procurado substituto do sangue universal, já que seria aplicável independentemente do tipo de sangue dos pacientes. O sangue artificial pode tornar as transfusões drasticamente mais acessíveis, principalmente em locais remotos como ilhas que enfrentam dificuldades em estocar sangue dos doadores.
Fonte: Revista Galileu e Fiocruz
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