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Neurociência apresenta avanços no tratamento de transtornos depressivos

A conclusão mostra que entender o sistema nervoso humano e suas limitações é determinante para definir as melhores formas de se tratar transtornos como a depressão.

Escrito por Talk Science

16 AGO 2022 - 06H10 (Atualizada em 16 MAR 2023 - 14H44)

Um estudo desenvolvido pelo departamento de Ciências e Tecnologia da Logos University International, localizada nos EUA, aponta que a neurociência pode ser o caminho para o desenvolvimento de tratamentos de transtornos depressivos. A conclusão mostra que entender o sistema nervoso humano e suas limitações é determinante para definir as melhores formas de se tratar transtornos como a depressão.

A Organização Mundial da Saúde (OMS) aponta que cerca de 350 milhões de pessoas convivem com a depressão, doença degenerativa que pode levar à morte prematura. Ela causa angústia, impacta diretamente no humor e gera perda de interesse, do prazer e da alegria na vida.

Graças à neurociência, vários aspectos estão em processo de compreensão pelos clínicos e cientistas, o que permite melhor entendimento do estado crítico nos transtornos de humor e abre caminhos para a busca de técnicas mais eficazes de diagnóstico, tratamento e prevenção de eventuais sequelas cognitivas nos pacientes.

O neurocientista Fabiano de Abreu, que participou do estudo realizado pela Logos University International, destaca que há dados que apontam que uma a cada 5 pessoas podem apresentar doença mental durante a vida e que aproximadamente 4% da população sofre de transtorno crônico grave.

As doenças mentais ocorrem quando há interferências no bom funcionamento do sistema nervoso –se há falha na conexão entre neurônios, dendritos, corpo celular, axônios e fenda sináptica, a pessoa torna-se suscetível às alterações geradas pela ausência, redução ou excesso de neurotransmissão ou tempestades elétricas.

Avanços

Há resultados animadores obtidos com terapias como a Dessensibilização e Reprocessamento por meio dos Movimentos Oculares ou EDMR, método que induz a estimulação seletiva dos hemisférios cerebrais em regiões onde se encontram armazenadas as lembranças dolorosas. A técnica estimula a assimilação de memórias perturbadoras para proporcionar alívio para a angústia e, consequentemente, para as dores físicas e psicológicas. Tratamentos homeopáticos também alcançaram resultados positivos.

Entretanto Abreu defende tratamentos melhores, mais rápidos e eficientes, pois ainda há várias questões pendentes e controvérsias que precisam ser compreendidas. Ele destaca a necessidade de se preservar a individualidade de cada paciente no processo de identificação de suas necessidades quando o diagnóstico for de transtorno depressivo.

A tendência é que esses estudos, que buscam melhorar a qualidade de vida por meio de estratégias compensatórias, auxiliem algumas terapias para a redução dos sintomas e estimulem a melhoria do desempenho das atividades da vida diária. O neurocientista destaca que, recentemente, pesquisas com estimuladores implantados por neurocirurgiões no cérebro de humanos mostram-se promissoras.

Fonte: Segs e Medicina AS

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