Indústria farmacêutica

Inovações em Sistemas de Informação para negócios em saúde​

Escrito por 21brz

08 DEZ 2023 - 13H52 (Atualizada em 04 JAN 2024 - 10H40)

Na busca incessante por avanços na prestação de cuidados e gestão eficiente, os Sistemas de Informação em saúde tornam-se protagonistas e desafiantes simultaneamente.

Em um cenário onde a diversidade de plataformas digitais se torna essencial, surge a complexa problemática da interoperabilidade, que impede a fluidez na comunicação entre diferentes sistemas adotados por organizações médicas.

Como, então, superar esses desafios e promover inovações capazes de transformar o cenário da saúde? Este artigo mergulha no universo dos Sistemas de Informação em saúde, explorando a essência da interoperabilidade e as soluções emergentes, convidando você a desbravar as inovações que estão moldando o futuro do setor.

Interoperabilidade e Integração de Dados​

Atualmente, a diversidade de Sistemas de Informação em Saúde (SIS) adotados por organizações médicas públicas e privadas visa a redução de custos e a melhoria na qualidade dos serviços oferecidos.

Contudo, a existência de arquiteturas, bases de dados e infraestruturas diversas, provenientes de diferentes fornecedores, resulta em ilhas de informação, incapazes de se comunicarem entre si, gerando desafios significativos de interoperabilidade.

O conceito de interoperabilidade, segundo o IEEE, refere-se à capacidade de um sistema interagir com outro sem esforço especial por parte do usuário.

Embora os SIS modernos levem em consideração a necessidade de interação, a predominância de sistemas legados contribui para sérios problemas de interoperabilidade. Essas questões impactam diretamente na eficiência e qualidade dos serviços de saúde oferecidos pelas organizações.

Integrar aplicações é uma tarefa desafiadora, sendo um dos problemas mais complexos no desenvolvimento de aplicações empresariais. Diversos métodos, técnicas e tecnologias foram propostos ao longo dos anos para atender aos objetivos da integração.

Nesse contexto, a Arquitetura Orientada a Serviços (SOA) tem se destacado como uma solução para os desafios de interoperabilidade em SIS heterogêneos.

SOA é um paradigma que visa realizar e manter processos de negócio em grandes sistemas distribuídos. Baseada em três conceitos fundamentais - serviços, interoperabilidade através de um Enterprise Service Bus (ESB) e baixo acoplamento - SOA emerge como uma tecnologia fundamental para a integração eficaz e o compartilhamento de dados médicos heterogêneos.

A adaptabilidade e facilidade de integração proporcionadas por SOA tornam-na uma escolha conveniente para resolver desafios de interoperabilidade em saúde. O conceito, introduzido pela primeira vez em 1996, oferece uma abordagem multicamadas para compartilhar lógica e dados entre várias aplicações e modos de uso.

Este trabalho inicial estabeleceu as bases para compreender a relevância da SOA na integração de SIS em saúde. As análises indicam que, apesar dos desafios, SOA oferece soluções eficazes para promover a interoperabilidade entre sistemas heterogêneos.

Tecnologias Emergentes em Gestão de Saúde​

A gestão eficiente da saúde está intrinsecamente ligada à adoção e integração de tecnologias emergentes, proporcionando melhorias significativas nos processos, redução de custos e avanços na qualidade dos serviços.

A Tecnologia de Informação (TI) desempenha um papel crucial nesse cenário, oferecendo soluções inovadoras que transcendem as fronteiras tradicionais da assistência à saúde.

Os Sistemas de Informação Hospitalar (SIH) desempenham um papel fundamental na gestão da informação em setores hospitalares, permitindo uma abordagem integrada para coleta, armazenamento, e recuperação eficiente de dados. Esses sistemas evoluíram para atender às crescentes demandas, oferecendo integração entre diferentes departamentos, como laboratórios, radiologia, farmácia e registros médicos.

Os avanços tecnológicos, especialmente em TI, moldam a saúde moderna. Equipamentos de diagnóstico mais precisos, automação em laboratórios, telemedicina, e a aplicação de conceitos como e-paciente e nanotecnologia exemplificam como a tecnologia está transformando a prestação de cuidados e a pesquisa médica.

Segurança da Informação em Saúde​

A Segurança da Informação (SI) desempenha um papel crucial na preservação e proteção dos dados sensíveis dos pacientes, garantindo a confidencialidade, integridade, disponibilidade e legalidade dessas informações.

Os princípios legais que norteiam essa prática envolvem desde a não divulgação não autorizada até a autenticação e autorização adequadas. Entre os princípios legais da Segurança da Informação em Saúde, podemos destacar:

Confidencialidade: Garante que as informações não sejam divulgadas sem a devida autorização.

Integridade: Preserva a integridade dos dados, impedindo alterações ou exclusões não autorizadas.

Disponibilidade: Define quem pode acessar os dados, garantindo sua disponibilidade quando necessário.

Legalidade: Imposta por órgãos de proteção e defesa do consumidor, assegura que a coleta e uso dos dados seguem as leis vigentes.

Autenticação: Estabelece camadas de proteção no acesso, verificando a identidade do usuário.

Não-repúdio: Autentica o emissor como autor dos dados, evitando negações de envio.

Autenticidade: Confirma que o fornecedor dos dados é quem afirma ser, com comprovação.

Autorização: O proprietário dos dados autoriza terceiros a acessá-los.

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