Indústria farmacêutica

O Papel Estratégico da Farmácia Hospitalar e Clínica na Indústria Farmacêutica​

Escrito por Talk Science

18 JAN 2024 - 10H15

Na busca incessante por aprimorar a qualidade dos serviços de saúde, deparamo-nos com um desafio crucial: a gestão eficiente da Farmácia Hospitalar.

Como peça fundamental no cenário da indústria farmacêutica, essa área desempenha um papel estratégico na integração harmônica das distintas esferas hospitalares, alinhando práticas farmacêuticas às exigências médicas, tecnológicas, administrativas e de pesquisa.

No âmbito deste contexto, exploraremos o papel central da Farmácia Hospitalar e Clínica, desvendando sua importância na prestação de serviços de saúde de excelência e seu impacto na indústria farmacêutica como um todo.

Boa leitura!

Gestão Eficiente de Medicamentos: Desafios e Soluções​

A gestão de medicamentos na administração pública apresenta desafios significativos que demandam atenção e estratégias eficientes para assegurar um controle adequado, prevenindo desperdícios e garantindo o acesso da população a tratamentos essenciais.

Dentre os desafios mais notáveis, destaca-se a necessidade de descartar medicamentos sempre que houver qualquer alteração em sua composição, visando evitar possíveis impactos adversos à saúde do paciente.

Um obstáculo adicional reside no contexto de custos elevados de alguns medicamentos, o que cria uma dependência da população em relação ao Estado para o controle eficiente de doenças.

Esse cenário se agrava quando a gestão municipal não estabelece um controle rigoroso em suas farmácias, aliado à falta de conhecimento sobre a realidade de seus pacientes, podendo resultar na ausência dos medicamentos necessários.

Esse déficit no fornecimento não apenas agrava as condições de saúde, mas também aumenta os custos associados ao sistema de saúde pública.

O desperdício de recursos é outro desafio notável, com dados alarmantes indicando que no Brasil, dos R$ 65 bilhões investidos anualmente em medicamentos, R$ 13 bilhões são perdidos.

Especificamente, no caso de medicamentos de alta complexidade, cerca de R$ 16 milhões são descartados anualmente. Isso evidencia a necessidade premente de implementar medidas que minimizem esse desperdício e otimizem a utilização dos recursos disponíveis.

Diante desses desafios, a gestão eficiente de medicamentos desempenha um papel crucial.

É imperativo que os gestores municipais estejam atentos aos fatores que contribuem para o desperdício, adotando estratégias que incluam um controle rigoroso de estoque, o cadastro eficiente de materiais e a transferência eficaz de itens entre diferentes locais de armazenamento.

A sincronização desses processos possibilita uma distribuição mais eficiente, atendendo às necessidades específicas de cada estabelecimento de saúde.

É inegável que a gestão de medicamentos na administração pública enfrenta desafios diários significativos. No entanto, a utilização de recursos como ferramentas de gestão pode desempenhar um papel fundamental na superação desses obstáculos.

Ferramentas especializadas podem oferecer suporte na organização, otimização e eficiência do gerenciamento de medicamentos, contribuindo para uma prestação de serviços de saúde mais eficaz e econômica.

A busca contínua por inovações e a implementação de melhores práticas são fundamentais para melhorar a gestão de medicamentos e, consequentemente, a qualidade dos cuidados prestados à população.

Padrões de Qualidade e Segurança na Dispensação de Medicamentos​

A dispensação de medicamentos é uma etapa crítica no processo de cuidados de saúde, e a implementação de padrões de qualidade e segurança é fundamental para assegurar a eficácia dos tratamentos e a proteção dos pacientes.

No contexto da prescrição de medicamentos, diversas práticas seguras são adotadas para garantir a correta administração e o monitoramento adequado.

A prescrição de medicamentos, seja ela realizada eletronicamente ou manualmente em unidades que ainda não possuem o sistema AGHU, segue uma estrutura mínima que inclui informações essenciais, tais como nome do medicamento, concentração, forma farmacêutica, dose, posologia, via de administração, e orientações de uso e observações.

Essa abordagem visa fornecer dados completos e precisos para orientar a dispensação correta na farmácia.

O médico responsável pelo paciente desempenha um papel crucial na atualização diária da prescrição no AGHU, garantindo a conformidade com os horários de validade estabelecidos.

Para antimicrobianos, segue-se o procedimento operacional padrão POP.UFC.011, alinhado às normas do SFH e da Comissão de Controle de Infecção Hospitalar (CCIH), visando a prescrição e dispensação seguras desses medicamentos.

Medicamentos de uso restrito, de alto custo ou vinculados a protocolos específicos, requerem o preenchimento de formulários específicos para a sua prescrição.

As prescrições são classificadas em diversas categorias, como urgência/emergência, se necessário, baseada em protocolos, prescrição padrão, prescrição padrão com data de fechamento, e prescrição verbal. Cada categoria possui critérios específicos, adaptando-se às necessidades clínicas do paciente e garantindo uma abordagem personalizada.

A introdução da prescrição eletrônica representa um avanço significativo na otimização da dispensação de medicamentos. Além de evitar erros, essa prática proporciona maior legibilidade dos dados, organização, praticidade e agilidade na liberação pela farmácia.

A prescrição eletrônica também oferece benefícios adicionais, como o controle de antimicrobianos, padronização de medicamentos e rastreabilidade, contribuindo para a segurança do paciente ao longo do processo de cuidados de saúde.

Integração da Farmácia Hospitalar com Outras Áreas da Indústria Farmacêutica​

A busca pela excelência na prestação de serviços de saúde requer a integração efetiva da farmácia hospitalar com diversas áreas da instituição.

Essa integração, essencial para uma gestão de qualidade, visa alinhar práticas farmacêuticas com as diretrizes médicas, incorporar avanços tecnológicos, otimizar processos administrativos e contribuir para pesquisa e ensino.

Muitos hospitais buscam a acreditação não só para introduzir a cultura de qualidade, mas também como diferencial no atendimento.

O Serviço de Farmácia Hospitalar, ao visar máxima efetividade, desempenha um papel estratégico não apenas na gestão e dispensação de medicamentos, mas também na integração externa, colaborando com a indústria farmacêutica, centros de pesquisa e instituições de ensino.

Essa colaboração não apenas fortalece a instituição, mas também impulsiona avanços na disponibilidade de tratamentos e na implementação de práticas mais eficientes.

A integração efetiva contribui para a excelência na prestação de serviços de saúde, pesquisa inovadora e formação de profissionais qualificados, atendendo às demandas crescentes da saúde e beneficiando pacientes e comunidades atendidas.

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