O medicamento dostarlimab, já em uso no Brasil, se tornou a mais nova esperança para pacientes com câncer retal. O remédio surpreendeu a comunidade científica ao fazer desaparecer o câncer colorretal em 100% dos pacientes submetidos ao tratamento.
O estudo foi feito por cientistas do Centro Oncológico Memorial Sloan Kettering, em Nova York (EUA). O teste, que validou a pesquisa, partiu de um pequeno grupo de 12 pacientes com esse tipo de câncer. Neles, os pesquisadores aplicaram o anticorpo monoclonal chamado dostarlimab, que levou ao desaparecimento do tumor e se manteve um ano depois.
Os resultados foram publicados no periódico New England Journal of Medicine. Os exames pós-tratamento não apontaram evidências de presença de tumor, seja em ressonância magnética, avaliação endoscópica, toque retal ou biópsia.
O dostarlimab é utilizado no Brasil para tratar pacientes com câncer de endométrio, e nunca tinha sido testado contra outros tipos de tumores até então.
PESQUISA HISTÓRICA
A droga foi aplicada por meio intravenoso a cada três semanas, durante seis meses. O estudo ainda destaca que no período médio de 12 meses, em que ocorreu acompanhamento, nenhum paciente recebeu quimioterapia ou teve que se submeter à ressecção cirúrgica.
O oncologista Luiz Diaz Jr., um dos autores do trabalho e Chefe da Divisão de Oncologia de Tumores Sólidos do Memorial Sloan Kettering Cancer Center, disse em entrevista ao The New York Times que a taxa de sucesso da pesquisa norte-americana não é comum, e talvez seja a primeira vez que algo do gênero é registrado em toda a história.
NO BRASIL
O câncer colorretal é um tumor maligno que se instala no reto e intestino grosso. Com exceção do câncer de pele não melanoma, é o segundo mais frequente no Brasil. Ficando atrás do câncer de mama nas mulheres e da próstata nos homens. O Instituto Nacional de Câncer (INCA) estima o surgimento de 40.990 novos casos por ano, para o triênio 2020/2022, sendo 20.520 em homens e 20.470 em mulheres. Os números correspondem a um risco estimado de 19,64 casos novos a cada 100 mil homens e 19,03 a cada 100 mil mulheres.
Embora a doença seja mais frequente em pessoas acima dos 50 anos, ela também afeta pessoas abaixo dessa faixa etária. Em agosto de 2020, o ator Chadwick Boseman, intérprete de Pantera Negra no filme da Marvel, morreu em consequência de câncer de cólon aos 43 anos de idade.
A prevenção e o rastreamento a partir dos 50 anos são importantes porque o câncer colorretal é uma doença silenciosa. Geralmente os sintomas aparecem em estágios mais avançados.
Fontes: Portal R7, Saúde em Dia, Isto é dinheiro
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